A termo ameloblastoma maligno, também conhecido como metastatizante, é utilizada quando um ameloblastoma é capaz de provocar metástases, apesar da aparência histopatológica benigna. O ameloblastoma maligno se origina a partir de um tumor primário, que se desenvolve na mandíbula, sendo usualmente um ameloblastoma convencional, sólido ou multicístico. Suas metástases podem ocorrer em linfonodos e ossos longos do esqueleto humano, em frequência inferior às pulmonares. O risco para o desenvolvimento do tumor metastático aumenta de forma diretamente proporcional ao número de recidivas e, consequentemente, de intervenções cirúrgicas para o tratamento do tumor primário. Por isso, é fundamental que os indivíduos afetados por ameloblastomas recidivantes sejam regularmente acompanhados. Nas consultas de acompanhamento, um exame clínico minucioso deve ser realizado, principalmente no que se refere à palpação das cadeias linfonodais e à solicitação de exames imaginológicos de rotina, como radiografias torácicas. Os exames de cintilografia óssea e PET Scan podem ser solicitados, quando há suspeita de envolvimento de outros ossos.
É importante saber que, o uso da terminologia “maligno” diz respeito à capacidade de metástase do tumor e não ao seu quadro histopatológico. Isso ocorre porque, os ameloblastomas malignos mantêm todas as características de benignidade do tumor primário, do qual a metástase foi originada. Quando o tumor exibe algumas características de malignidade histopatológica, como pleomorfismo celular, mitoses atípicas, proliferação celular aumentada, necrose e invasão neural, ele passa a ser denominado de carcinoma ameloblástico.
A excisão cirúrgica é o principal tratamento para o ameloblastoma maligno, uma vez que à quimio ou a radioterapia parecem não exercer efeito para a redução do tumor. Quando o ameloblastoma maligno é completamente removido, os pacientes apresentam um bom prognóstico, com uma taxa de sobrevida de 70%, em cinco anos.
Leitura Complementar:
1- Kunze E, Donath K, Luhr HG, Engelhardt W, De Vivie R. Biology of metastasizing ameloblastoma. Pathol Res Pract 1985;180(5):526-535.
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3- Sakuranaka H, Sekine A, Miyamoto I, et al. Pulmonary Malignant Ameloblastoma without Local Recurrence 31 Years after Primary Resection: A Case Report and Literature Review. Intern Med 2020;59:1423-1426.
4- Senra GS, Pereira AC, Murilo dos Santos L, Carvalho YR, Brandão AA. Malignant ameloblastoma metastasis to the lung: a case report. Oral Surg Oral Med Oral Pathol Oral Radiol Endod 2008;105(2):e42-e46.
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